sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
Recordar José Casanova
A palavra Camarada
Camarada é uma palavra bonita. Sempre. E assume particular beleza e significado quando utilizada pelos militantes comunistas.
O camarada é o companheiro de luta - da luta de todos os dias, à qual dá o conteúdo de futuro, transformador e revolucionário que está na razão da existência de qualquer partido comunista.
O camarada é aquele que, na base de uma específica e concreta opção política, ideológica, de classe, tomou partido - e que sabe que o seu lugar é o do seu partido, que a sua ideologia é a da classe pela qual optou.
O camarada é aquele com cujo apoio solidário contamos em todos os momentos - seja qual for o ponto da trincheira que ocupemos e sejam quais forem as dificuldades e os perigos com que deparamos.
O camarada é aquele que nos ajuda a superar as falhas e os erros individuais - criticando-nos com uma severidade do tamanho da fraternidade contida nessa crítica.
O camarada é aquele que, olhando à sua volta, não vê espelhos... - vê o colectivo - e sabe que, sem ter perdido a sua individualidade, integra uma outra nova e criativa individualidade, soma de múltiplas individualidades.
O camarada é aquele que, vendo a sua opinião minoritária ou isolada, mas julgando-a certa, não desiste de lutar por ela - e que trava essa luta no espaço exacto em que ela deve ser travada: o espaço democrático, amplo, fraterno e solidário, da camaradagem.
O camarada é aquele que, tão naturalmente como respira, faz da fraternidade um caminho, uma maneira de ser e de estar - e que, por isso mesmo, não necessita de a apregoar e jamais a invoca em vão.
O camarada é aquele que olhamos nos olhos sabendo, de antemão, que lá iremos encontrar solicitude, camaradagem, lealdade - e sabemos que esse olhar é uma fonte de força revolucionária.
O camarada é aquele a cuja porta não necessitamos de bater - porque a sabemos sempre aberta à camaradagem.
O camarada é aquele que jamais hesita entre o amigo e o inimigo - seja qual for a situação, seja qual for o erro cometido pelo amigo, seja qual for a razão do inimigo.
O camarada é o que traz consigo, sempre, a palavra amiga, a voz fraterna, o sorriso solidário - e que sabe que a amizade, a fraternidade, a solidariedade, são valores humanos intrínsecos ao ideal comunista.
O camarada é aquele que é revolucionário - e que não desiste de o ser mesmo que todos os dias lhe digam que o tempo que vivemos é coveiro das revoluções.
Camarada é uma palavra bonita - é uma palavra colectiva: é tu, eu, nós: é o Partido. O nosso. O Partido Comunista Português.
José Casanova
(in Avante!, 20.6.2002)
O camarada é o companheiro de luta - da luta de todos os dias, à qual dá o conteúdo de futuro, transformador e revolucionário que está na razão da existência de qualquer partido comunista.
O camarada é aquele que, na base de uma específica e concreta opção política, ideológica, de classe, tomou partido - e que sabe que o seu lugar é o do seu partido, que a sua ideologia é a da classe pela qual optou.
O camarada é aquele com cujo apoio solidário contamos em todos os momentos - seja qual for o ponto da trincheira que ocupemos e sejam quais forem as dificuldades e os perigos com que deparamos.
O camarada é aquele que nos ajuda a superar as falhas e os erros individuais - criticando-nos com uma severidade do tamanho da fraternidade contida nessa crítica.
O camarada é aquele que, olhando à sua volta, não vê espelhos... - vê o colectivo - e sabe que, sem ter perdido a sua individualidade, integra uma outra nova e criativa individualidade, soma de múltiplas individualidades.
O camarada é aquele que, vendo a sua opinião minoritária ou isolada, mas julgando-a certa, não desiste de lutar por ela - e que trava essa luta no espaço exacto em que ela deve ser travada: o espaço democrático, amplo, fraterno e solidário, da camaradagem.
O camarada é aquele que, tão naturalmente como respira, faz da fraternidade um caminho, uma maneira de ser e de estar - e que, por isso mesmo, não necessita de a apregoar e jamais a invoca em vão.
O camarada é aquele que olhamos nos olhos sabendo, de antemão, que lá iremos encontrar solicitude, camaradagem, lealdade - e sabemos que esse olhar é uma fonte de força revolucionária.
O camarada é aquele a cuja porta não necessitamos de bater - porque a sabemos sempre aberta à camaradagem.
O camarada é aquele que jamais hesita entre o amigo e o inimigo - seja qual for a situação, seja qual for o erro cometido pelo amigo, seja qual for a razão do inimigo.
O camarada é o que traz consigo, sempre, a palavra amiga, a voz fraterna, o sorriso solidário - e que sabe que a amizade, a fraternidade, a solidariedade, são valores humanos intrínsecos ao ideal comunista.
O camarada é aquele que é revolucionário - e que não desiste de o ser mesmo que todos os dias lhe digam que o tempo que vivemos é coveiro das revoluções.
Camarada é uma palavra bonita - é uma palavra colectiva: é tu, eu, nós: é o Partido. O nosso. O Partido Comunista Português.
José Casanova
(in Avante!, 20.6.2002)
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
O nosso protesto!
sábado, 9 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
Contra a degradação e encerramento de serviços públicos
Acção do PCP “Pelos direitos sociais e laborais, contra a degradação e encerramento de serviços públicos. Uma política patriótica e de esquerda"
Terça 29 de Julho de 2014Artigos Relacionados
A campanha que agora se inicia é constituída por diversas acções de contacto com trabalhadores e populações das quais se destaca o contacto com trabalhadores na Petrogal em Matosinhos, que se realizou hoje e contou com a presença de Jaime Toga da Comissão Política do Comité Central, e nos próximos dias, o convívio de Verão, em Alcoutim, no próximo Sábado, com a presença de João Oliveira (Comissão Política do Comité Central e deputado à Assembleia da República); a visita do PCP à Feira de Santiago em Setúbal, com a presença de Miguel Tiago (deputado à Assembleia da República), também no Sábado; e a visita às Festas do Barreiro, com a presença de Jorge Cordeiro (Comissão Politicado Comité Central), no dia 9 de Agosto.
No folheto, denuncia-se: o novo roubo nos salários e pensões através de novos cortes, para este e para os próximos anos; o novo ataque aos direitos e salários dos trabalhadores por via da alteração ao código do trabalho visando destruir a contratação colectiva; o prolongamento do corte para metade do pagamento das horas extraordinárias, do trabalho em dia de feriado ou de descanso semanal, que o tribunal Constitucional havia decidido limitar até 1 de Agosto; e a liquidação de serviços públicos.
O PCP sublinha, ainda, que o roubo ao povo através do aumento brutal dos impostos sobre o trabalho, dinheiro que é canalizado para os lucros do grande capital. Disto são exemplo os 7 mil milhões de euros em juros da dívida que saem do País para os grandes bancos da Europa, os milhões enterrados nas PPP e nos SWAP ou a redução de impostos sobre os lucros. Assinala-se ainda que a situação no Grupo Espírito Santo é mais um exemplo de gestão danosa e fraudulenta, a somar ao BPN, ao BPP e ao BCP, em que postas a salvo as fortunas pessoais construídas à custa da economia e do interesse nacional, se quer, com o apoio do governo, transferir para as costas dos trabalhadores e do povo, os custos dos buracos financeiros que criaram.
No mesmo folheto, o PCP reafirma a necessária derrota do governo e da política de direita, pondo fim ao rumo desastre nacional que há 38 anos, os partidos da política da troika – PSD, CDS e PS – têm protagonizado. Abrindo caminho a uma política patriótica e de esquerda que afirme os valores de Abril no futuro de Portugal, assente nos seguintes eixos: a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento, rejeitando a sua parte ilegítima; uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos; a valorização do trabalho e dos trabalhadores; uma política orçamental de combate às injustiças fiscais; a defesa, diversificação e o aumento da produção nacional; a assumpção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
domingo, 27 de julho de 2014
Os pontos nos ii
Mensagem do Gabinete de Imprensa do PCP
Esclarecimento face à notícia hoje divulgada em manchete pelo CM “Partidos pedem dinheiro ao BES”
Domingo 27 de Julho de 2014
Na sequência de solicitações suscitadas pela notícia hoje divulgada em manchete pelo Correio da Manhã “Partidos pedem dinheiro ao BES” esclarece-se que:
O PCP desde sempre se opôs ao financiamento de Partidos por parte de empresas, e não recebeu financiamento de empresas, preservando a sua independência financeira e política.
O PCP relaciona-se com diversas entidades e instituições bancárias, relacionamento que é obrigatório para proceder aos movimentos financeiros decorrentes da sua acção política, privilegiando a Caixa Geral de Depósitos pelo seu carácter de entidade pública. Importa referir que tal relacionamento obrigatório com entidades e instituições bancárias tem registado exigências crescentes determinadas pelas regras da Lei de Financiamento dos partidos.
O critério do PCP para a sua gestão assenta nos seus recursos próprios, não recorrendo, como regra, a empréstimos bancários. As excepções, no quadro da instituição em causa (BES), verificaram-se no âmbito das eleições autárquicas de 2005, 2009 e 2013, com condições claras e transparentes, no quadro das responsabilidades do PCP na CDU. Assim procedeu-se à abertura de uma conta sob a forma de crédito em conta corrente, com valor limitado, à qual foram aplicadas taxas de juro tendo sempre como referência a taxa Euribor, sob o compromisso de que a subvenção correspondente ao acto eleitoral seria depositada em conta aberta na mesma instituição bancária. Nos três casos referidos, todas as contas foram saldadas e cumpridas todas as obrigações nos prazos devidos. Qualquer uma destas informações consta da documentação entregue à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos no âmbito do Tribunal Constitucional.
O PCP desde sempre se opôs ao financiamento de Partidos por parte de empresas, e não recebeu financiamento de empresas, preservando a sua independência financeira e política.
O PCP relaciona-se com diversas entidades e instituições bancárias, relacionamento que é obrigatório para proceder aos movimentos financeiros decorrentes da sua acção política, privilegiando a Caixa Geral de Depósitos pelo seu carácter de entidade pública. Importa referir que tal relacionamento obrigatório com entidades e instituições bancárias tem registado exigências crescentes determinadas pelas regras da Lei de Financiamento dos partidos.
O critério do PCP para a sua gestão assenta nos seus recursos próprios, não recorrendo, como regra, a empréstimos bancários. As excepções, no quadro da instituição em causa (BES), verificaram-se no âmbito das eleições autárquicas de 2005, 2009 e 2013, com condições claras e transparentes, no quadro das responsabilidades do PCP na CDU. Assim procedeu-se à abertura de uma conta sob a forma de crédito em conta corrente, com valor limitado, à qual foram aplicadas taxas de juro tendo sempre como referência a taxa Euribor, sob o compromisso de que a subvenção correspondente ao acto eleitoral seria depositada em conta aberta na mesma instituição bancária. Nos três casos referidos, todas as contas foram saldadas e cumpridas todas as obrigações nos prazos devidos. Qualquer uma destas informações consta da documentação entregue à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos no âmbito do Tribunal Constitucional.
domingo, 6 de julho de 2014
Demita-se!
O Primeiro Ministro saberá o que é coesão territorial? Saberá quais os custos a médio prazo da desertificação do País que anda a promover?
E já pensou quanto custam as suas políticas e quanto ineficiente é o Governo?
Se Ferreira e mais um...as centenas de municípios, as suas populações, não merecem a solidariedade de quem governa, dizemos "ESTÁ A MAIS!" Demita-se!
E já pensou quanto custam as suas políticas e quanto ineficiente é o Governo?
Se Ferreira e mais um...as centenas de municípios, as suas populações, não merecem a solidariedade de quem governa, dizemos "ESTÁ A MAIS!" Demita-se!
++++++++++++++++++++++
Passos Coelho
“É caro e ineficiente” manter todos os serviços abertos no interior
Primeiro-ministro também deu conta da criação de campeonatos entre autarquias para receber fundos comunitários.
04-07-2014 20:15
O primeiro-ministro admitiu, em visita a Castelo de Paiva, novos encerramentos repartições no interior do país. Manter todos os serviços abertos seria “caro e ineficiente”.
Pedro Passos Coelho diz que “no país mais antigo, nós não podemos conservar a todo o preço - é caro e ineficiente - mas temos de dar a possibilidade, em conjunto com os municípios, a todas as pessoas que precisam de contactar os serviços a possibilidade de terem um atendimento personalizado que responda às suas necessidades”.
Na mesma iniciativa, à margem da inauguração da Feira do Vinho Verde, em Castelo de Paiva, Passos Coelho deu ainda a conhecer uma nova forma de decidir quem recebe os fundos comunitários.
“Uma espécie de campeonato de municípios e de comunidades intermunicipais para poder absorver esses fundos. Não podemos pôr municípios de menor dimensão a competir com municípios de grande dimensão. Castelo de Paiva não pode competir com o município do Porto, evidentemente, mas por essa razão estamos a apontar para dois ou três campeonatos que sejam relativamente homogéneos para que os municípios possam competir por esses fundos”, explicou o primeiro-ministro.
Não há ainda pormenores sobre esta proposta que vai colocar municípios a disputar fundos comunitários.
Pedro Passos Coelho diz que “no país mais antigo, nós não podemos conservar a todo o preço - é caro e ineficiente - mas temos de dar a possibilidade, em conjunto com os municípios, a todas as pessoas que precisam de contactar os serviços a possibilidade de terem um atendimento personalizado que responda às suas necessidades”.
Na mesma iniciativa, à margem da inauguração da Feira do Vinho Verde, em Castelo de Paiva, Passos Coelho deu ainda a conhecer uma nova forma de decidir quem recebe os fundos comunitários.
“Uma espécie de campeonato de municípios e de comunidades intermunicipais para poder absorver esses fundos. Não podemos pôr municípios de menor dimensão a competir com municípios de grande dimensão. Castelo de Paiva não pode competir com o município do Porto, evidentemente, mas por essa razão estamos a apontar para dois ou três campeonatos que sejam relativamente homogéneos para que os municípios possam competir por esses fundos”, explicou o primeiro-ministro.
Não há ainda pormenores sobre esta proposta que vai colocar municípios a disputar fundos comunitários.
sábado, 10 de maio de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Abril é futuro
Abril é futuro
Como todas as datas que efectivamente marcaram a vida dos povos, o 25 de Abril jamais poderá ser evocado como um mero exercício de memória, como uma viagem ao passado de que sobraram reminiscências que se vão esbatendo com o tempo. Não. O que aconteceu naquele 25 de Abril de 1974 perdurará para além de todas as lembranças, de todas as histórias particulares, de todas as imagens, de todas as contradições, de todas as tentativas para lhe retirar significado.
Em 25 de Abril de 1974, precisamente há 40 anos, uma Revolução germinou em Portugal dando vida às mais profundas aspirações do povo. De um dia para o outro – mas tendo atrás de si meio século de sofrimento, morte, resistência, luta e muita, muita coragem e confiança dos que nunca se renderam – a luz rompeu as trevas do fascismo e mostrou-nos os caminhos do mundo novo por que anseia o ser humano.
Nada poderá apagar essa Revolução de Abril ainda inacabada em que um povo inteiro se levantou e conquistou o direito a ser feliz. Os obsctáculos do caminho são acidentes de percurso que não fazem esquecer que o caminho está aí. Há que trilhá-lo. Seja qual for o mês do calendário, para nós será sempre Abril.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
domingo, 16 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
8 de Março, em ALPIARÇA
Militantes e amigos do Distrito de Santarém comemoraram, em Alpiarça
o DIA INTERNACIONAL DA MULHER
e o 93º. Aniversário do PCP
o DIA INTERNACIONAL DA MULHER
e o 93º. Aniversário do PCP
sábado, 15 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Eleições Parlamento Europeu: Maio 2015
CDU prepara eleições para o Parlamento Europeu
João Ferreira é o primeiro candidato
João Ferreira, actual deputado ao Parlamento Europeu, é o primeiro candidato da lista da CDU para as eleições europeias de 25 de Maio. A apresentação pública é no dia 10, em Lisboa.
No acto público de apresentação, que se realiza no Hotel Altis, intervirão, para além do candidato, o Secretário-geral do PCP e representantes do Partido Ecologista «Os Verdes» e da Associação Intervenção Democrática.
João Ferreira tem 35 anos e é biólogo de formação. Membro do Comité Central do PCP, integra também a Direcção da Organização Regional de Lisboa e do seu Sector Intelectual. É vereador na Câmara Municipal de Lisboa e vice-presidente do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica. Entre 1996 e 2000, foi membro da JCP, tendo feito parte da Direcção Regional de Lisboa e da Direcção Central do Ensino Superior.
Eleito no Parlamento Europeu desde 2009, João Ferreira integra a Comissão de Pescas, a Comissão dos Orçamentos e a Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar. É igualmente membro da Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico-UE e da Delegação para as Relações com os Países da Comunidade Andina.
Enquanto estudante, entre 1996 e 2000, foi membro da Associação de Estudantes, do Conselho Directivo, da Assembleia de Representantes e do Conselho Pedagógico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi membro do Senado e da Assembleia da Universidade de Lisboa.
Após concluída a licenciatura, foi bolseiro de investigação científica no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, entre 2000 e 2001. Nos dois anos seguintes, teve nova bolsa, desta feita no Museu, Laboratório e Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. Entre 2003 e 2007, foi membro associado do Centro de Ecologia e Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e bolseiro de Doutoramento. Foi fundador e primeiro presidente da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC).
sábado, 1 de fevereiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
Lamentável!
Cheira mal? É ver as mãos do Carlos Silva...
Em
Outubro de 1978 o PS e o PSD tiveram um bebé, chamaram-lhe União Geral dos
Trabalhadores. Foram alimentando essa criança da melhor forma que puderam. A
criança foi crescendo e foi percebendo o porquê do seu nascimento: confundir,
baralhar e dividir para que os seus orgulhosos pais pudessem reinar. Hoje, a
criança é um adulto manhoso e a manha deve ser desmascarada.
Na verdade, é a própria UGT que aqui e ali se vai desmascarando a ela própria. Não adianta recuar muito no tempo, esta legislatura e o seu actual líder, já nos dão água pela barba e momentos de comédia impagáveis. Então não querem lá ver que o homem disse isto: "Estamos mais preocupados em formar e qualificar trabalhadores do que lançá-los para os campos de batalha, para as invasões dos ministérios, subindo as escadarias da Assembleia da República, fazendo greves todos os dias e combatendo as suas próprias empresas levando-as ao encerramento".
Se a UGT quer ser um expoente na formação de trabalhadores e trabalhadoras, tem boa solução, abre uma Empresa de Trabalho Temporário e trata de concorrer nesse frutuoso mercado de trabalho em expansão. É da maneira que tomam contacto a sério com as dificuldades porque passa quem vive neste país à custa do trabalho.
Tudo poderia estar muito certo e coerente com o personagem e com a instituição, mas este é o mesmo Carlos Silva que disse, na véspera da tomada de posse, que Cavaco Silva já devia ter demitido o governo. No dia em que tomou posse, não via outra posição possível para a UGT que não fosse ao lado dos trabalhadores, intransigentemente, e contra os credores da Troika, marchar, marchar. Depois, em Setembro de 2012, esteve quase para rasgar o acordo de concertação social, porque o Passos estava a destruí-la.
Aqui temos um líder sindical de coragem, com determinação e prioridades justas! E o homem continuava, em Junho de 2013 o ultimato: ou o Governo muda de atitude ou a UGT vai defender demissão. E o rasgar de vestes não ficava por aqui, Carlos Silva ia mesmo ficar raivosamente despido de cedências se o PS tivesse assinado algum acordo com o PSD e o CDS, entregava o cartão de militante socialista e tudo. Felizmente tudo acabou em bem e o PS absteve-se de se desmascarar logo ali, lá para 2015 falamos de outra forma.
Depois de mais uns dias em que o governo foi bruto na concertação social e com os trabalhadores deste país, em Agosto de 2013, o sindicalista Silva gritava que os sindicatos da UGT tinham sido apunhalados pelo governo e que isso era inaceitável! Mas já não pediu a demissão, disse que ia fazer queixinhas na próxima reunião da concertação. Pois, é que Carlos Silva agora já não queria a demissão do governo, andava a distribuir cartões amarelos ao mesmo, qual árbitro castigador. Mas nada de vermelhos, amarelos, que é uma cor que conhece melhor. Ou isto, ou a vida e os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras melhoraram significativamente no segundo semestre de 2013. Se calhar ando distraído...
Será que o homem, ao menos, sabe o que é um sindicato? Parece que não, é que para o digno Secretário-Geral, "é através dos acordos colectivos e dos acordos de empresa que vivem os trabalhadores, é por isso que são sindicalizados". Eu pensei que os trabalhadores e trabalhadoras se sindicalizavam para defender e exigir os seus direitos colectivamente, sejam eles mais e melhores, ou menos e piores, e que viviam do seu salário, tenham contratos sem termo, a termo, acordo de empresa, acordo colectivo, precários, temporários, sazonais, informais, azuis, verdes, cinzentos, etc. Devo andar outra vez distraído...
E pronto, chegamos a Janeiro de 2014 e o Carlos já tem os olhos postos no futuro, no famigerado pós-troika. A UGT está de braços abertos para um acordo daqueles importantes assim que a Troika zarpar o navio, um daqueles acordos que tratará de manter alguns cortes permanentes nos salários e nas pensões, mas com a promessa certa e séria de que serão tomadas medidas que privilegiem o crescimento económico, claro. A UGT é o lobo com pele de cordeiro do patrão e o Carlos Silva flutua ao sabor das sondagens e das necessidades do PS. Mário Soares não poderia estar mais orgulhoso.
Não escrevi nenhuma novidade neste texto, mas é um passatempo que me apraz, este de escavacar o oportunismo de uma central sindical que faz tudo menos ser intransigente na defesa dos seus associados e associadas. Mas fiquemos descansados, a UGT nunca faltará a Abril e a Maio, porque "a rua é a sede do povo". Toma lá que é democrático, já mudavam era de flor, girassóis em vez de cravos, talvez.
Como já uma vez escrevi: deus criou o homem à sua semelhança e tirou-lhe uma costela para lhe dar uma escrava em forma de mulher; o diabo arrancou uma costela ao capital e deu-lhe o nome de UGT. Eu não acredito nem em deus nem no diabo.
Na verdade, é a própria UGT que aqui e ali se vai desmascarando a ela própria. Não adianta recuar muito no tempo, esta legislatura e o seu actual líder, já nos dão água pela barba e momentos de comédia impagáveis. Então não querem lá ver que o homem disse isto: "Estamos mais preocupados em formar e qualificar trabalhadores do que lançá-los para os campos de batalha, para as invasões dos ministérios, subindo as escadarias da Assembleia da República, fazendo greves todos os dias e combatendo as suas próprias empresas levando-as ao encerramento".
Se a UGT quer ser um expoente na formação de trabalhadores e trabalhadoras, tem boa solução, abre uma Empresa de Trabalho Temporário e trata de concorrer nesse frutuoso mercado de trabalho em expansão. É da maneira que tomam contacto a sério com as dificuldades porque passa quem vive neste país à custa do trabalho.
Tudo poderia estar muito certo e coerente com o personagem e com a instituição, mas este é o mesmo Carlos Silva que disse, na véspera da tomada de posse, que Cavaco Silva já devia ter demitido o governo. No dia em que tomou posse, não via outra posição possível para a UGT que não fosse ao lado dos trabalhadores, intransigentemente, e contra os credores da Troika, marchar, marchar. Depois, em Setembro de 2012, esteve quase para rasgar o acordo de concertação social, porque o Passos estava a destruí-la.
Aqui temos um líder sindical de coragem, com determinação e prioridades justas! E o homem continuava, em Junho de 2013 o ultimato: ou o Governo muda de atitude ou a UGT vai defender demissão. E o rasgar de vestes não ficava por aqui, Carlos Silva ia mesmo ficar raivosamente despido de cedências se o PS tivesse assinado algum acordo com o PSD e o CDS, entregava o cartão de militante socialista e tudo. Felizmente tudo acabou em bem e o PS absteve-se de se desmascarar logo ali, lá para 2015 falamos de outra forma.
Depois de mais uns dias em que o governo foi bruto na concertação social e com os trabalhadores deste país, em Agosto de 2013, o sindicalista Silva gritava que os sindicatos da UGT tinham sido apunhalados pelo governo e que isso era inaceitável! Mas já não pediu a demissão, disse que ia fazer queixinhas na próxima reunião da concertação. Pois, é que Carlos Silva agora já não queria a demissão do governo, andava a distribuir cartões amarelos ao mesmo, qual árbitro castigador. Mas nada de vermelhos, amarelos, que é uma cor que conhece melhor. Ou isto, ou a vida e os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras melhoraram significativamente no segundo semestre de 2013. Se calhar ando distraído...
Será que o homem, ao menos, sabe o que é um sindicato? Parece que não, é que para o digno Secretário-Geral, "é através dos acordos colectivos e dos acordos de empresa que vivem os trabalhadores, é por isso que são sindicalizados". Eu pensei que os trabalhadores e trabalhadoras se sindicalizavam para defender e exigir os seus direitos colectivamente, sejam eles mais e melhores, ou menos e piores, e que viviam do seu salário, tenham contratos sem termo, a termo, acordo de empresa, acordo colectivo, precários, temporários, sazonais, informais, azuis, verdes, cinzentos, etc. Devo andar outra vez distraído...
E pronto, chegamos a Janeiro de 2014 e o Carlos já tem os olhos postos no futuro, no famigerado pós-troika. A UGT está de braços abertos para um acordo daqueles importantes assim que a Troika zarpar o navio, um daqueles acordos que tratará de manter alguns cortes permanentes nos salários e nas pensões, mas com a promessa certa e séria de que serão tomadas medidas que privilegiem o crescimento económico, claro. A UGT é o lobo com pele de cordeiro do patrão e o Carlos Silva flutua ao sabor das sondagens e das necessidades do PS. Mário Soares não poderia estar mais orgulhoso.
Não escrevi nenhuma novidade neste texto, mas é um passatempo que me apraz, este de escavacar o oportunismo de uma central sindical que faz tudo menos ser intransigente na defesa dos seus associados e associadas. Mas fiquemos descansados, a UGT nunca faltará a Abril e a Maio, porque "a rua é a sede do povo". Toma lá que é democrático, já mudavam era de flor, girassóis em vez de cravos, talvez.
Como já uma vez escrevi: deus criou o homem à sua semelhança e tirou-lhe uma costela para lhe dar uma escrava em forma de mulher; o diabo arrancou uma costela ao capital e deu-lhe o nome de UGT. Eu não acredito nem em deus nem no diabo.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Dentro dos condicionalismos existentes
Que em 2014 se multipliquem as lutas
Que em 2014 se amplifiquem e se multipliquem as lutas, pequenas e grandes, alicerçadas na magnífica e dinâmica luta de massas desenvolvida no ano que agora terminou, que à crescente indignação e revolta se junte cada vez mais a disponibilidade para a acção e para a luta.
Que em 2014 o Partido se reforce ainda mais, que transforme a crescente simpatia e identificação de milhares e milhares de portugueses com o PCP, sua análise e propostas, em mais força organizada.
Que 2014 seja o ano em que se ponha fim a este Governo e à política de direita e se abram as portas para a concretização de uma política patriótica e de esquerda, alicerçada nos valores de Abril.
Vamos a isso!
Que em 2014 se amplifiquem e se multipliquem as lutas, pequenas e grandes, alicerçadas na magnífica e dinâmica luta de massas desenvolvida no ano que agora terminou, que à crescente indignação e revolta se junte cada vez mais a disponibilidade para a acção e para a luta.
Que em 2014 o Partido se reforce ainda mais, que transforme a crescente simpatia e identificação de milhares e milhares de portugueses com o PCP, sua análise e propostas, em mais força organizada.
Que 2014 seja o ano em que se ponha fim a este Governo e à política de direita e se abram as portas para a concretização de uma política patriótica e de esquerda, alicerçada nos valores de Abril.
Vamos a isso!
Subscrever:
Mensagens (Atom)